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Receita para uma vida mais leve – A sabedoria de Cora Coralina

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Admiro muito a sabedoria dos mais velhos.Gosto de conversar com eles, ouvir suas histórias e sentir o quanto eles tem a transmitir.E quando esse alguém é poeta? Melhor ainda.
Hoje o “Receita para uma vida mais leve” está muito especial com a presença da poeta, Cora Coralina.Mulher simples, doceira de profissão, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás, onde nasceu.
Essa é a casa onde Cora Coralina viveu, em Vila Boa de Goiás, Goiás,  e que foi transformada em museu
Essa é a casa onde Cora Coralina viveu, em Vila Boa de Goiás, Goiás, e que foi transformada em museu
Dela são versos, como:
“O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes.”
Outro dia li uma entrevista com ela que me chamou a atenção com a resposta que ela deu quando lhe perguntaram o que é viver bem.Achei tão bonito que trouxe para você.
Que aprendamos com o simples a alegria de viver bem.
Um fim de semana de muita alegria para todos nós!
“Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você, não pense.Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo.
Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê.
O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica ainda mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.
Eu não digo nunca que estou cansada.
Nada de palavra negativa.
Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.
Você vai se convencendo daquilo e convence os outros.
Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha, não.
Você acha que eu sou?Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança.
Penso no que faço, com fé.
Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”

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Lylia Diogenes

Jornalista, blogueira, mãe, esposa, filha, sogra, amiga, irmã. Leitora voraz, curiosa, destemida, alegre, sensível, apaixonada pela vida, por animais, por viagens, por comidas gostosas, por boas bebidas, frio, silêncio, natureza, paz. Assim sou eu, do jeitinho que me vejo. Múltipla na unidade e acreditando, sempre, que o melhor está por vir.

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